quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A Descoberta Alfa Ómega, de Mark Victor Hansen & Bill Froehlich


"A Descoberta Alfa Ómega" de Mark Victor Hansen & Bill Froehlich
Estrela Polar, 2011
295 Páginas


Este livro não me seduziu à primeira. Depois, achei que lhe devia dar uma oportunidade. Trouxe-o para casa e ficou praticamente um ano na estante à espera que eu voltasse a pegar nele. Nunca senti verdadeiramente aquele impulso que sente quando queremos muito ler algo, quase como um desejo de possuir (sim, estou mesmo a falar de possuir nesse sentido) esse mesmo livro.

Agora, no fim do ano, achei, ainda que não muito convicta, que tinha chegado a hora de voltar a pegar nele e lê-lo de uma vez por todas. Sentei-me, comecei a ler as primeiras páginas e senti que o acto de ler me estava a causar um enorme desconforto, uma espécie de stress. Julguei que tal se pudesse atribuir à enorme dor de cabeça que senti nesse dia, mas não. Porque no dia a seguir retomei a leitura e voltei a sentir o mesmo. E de todas as vezes que peguei no livro para o ler, senti sempre o mesmo. Este livro não é mesmo para mim. 

Por outro lado, acho que a ideia dos autores de apresentar uma fábula e misturar com principios de auto-ajuda, apesar de ser extremamente interessante,  não funcionou bem. Não está bem conseguida no meu entender. O livro acaba por ser uma mixórdia. Nem é peixe, nem é carne. Nem estou diante de uma história, nem diante de um livro espiritual/de auto-ajuda. É meio caótico. Vai buscar exemplos que não lembram a ninguém e mistura-os com outros completamente normais do dia-a-dia. Recorre também à inclusão de personagens meio bizarras, que eu nem sei bem de onde vieram, nem consegui perceber bem a justificação de ali aparecerem e qual a sua motivação.

Tomei, contudo, nota de uma série de frases que achei dignas de guardar, porque é efectivamente importante tê-las em mente no correr dos dias. Para não esmorecer perante as várias montanhas, ingremes e de dificil acesso, que parecem suceder umas às outras na vida... 

*
"-Acreditar não é só desejar que alguma coisa aconteça, (...) - Acreditar é acção. " [p.62]

https://www.goodreads.com/review/show/1852137779

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