domingo, 24 de julho de 2022

"As a Man Thinketh" de James Allen



"As a Man Thinketh" de James Allen
Amazon, s/a
63 páginas


Escrito em 1903, "As a man thinketh" de James Allen concentra-se no poder do pensamento, tendo como objectivo estimular o leitor a descobrir e a analisar sobre a força que os nossos próprios pensamentos podem ter na construção e destruição da nossa vida. 

O livro é composto por sete capítulos (sete é o número que simboliza a espiritualidade e a perfeição): 1- Thought and Character; 2 - Effect and Thought on Circumstances; 3- Effect of Thought on Health and the Body; 4 - Thought and Purpose; 5 - The Thought-Factor in Achievement; 6 - Visions and Ideals; 7 - Serenity. 

Apesar de não ter encontrado algo completamente novo em Allen, a forma bonita como escreve...  Serena e calma, vale por tudo. Ademais, ler "As man thinketh" fez-me revisitar mentalmente um outro livro muito especial que li há vários anos atrás, "Jonathan Livingston Seagull" [o conhecido "Fernão Capelo Gaivota" em língua portuguesa] de Richard Bach, responsável por me fazer reflectir sobre a necessidade de quebrar as correntes do pensamento para ser livre... e voar. E é também nesta "categoria especial" em que guardarei " As a man thinketh", até porque "A man is literally "what he thinks", his character being the complete sum of all his thoughts. (...) so every act of a man springs from the hidden seeds of thought, and could not have appeared without them. " - p.11

Assim, uma das passagens que mais evidencia a ideia principal do autor com esta obra é a seguinte: "Man is made or unmade by himself; in the armoury of thought he forges the weapons by which he destroy himself; he also fashions the tools with which he builds for himself heavenly mansions of joy and strenght and peace." - p.12

Por outro lado, Allen toca, ainda que levemente, na ideia de que o corpo é um servo da mente e que a doença e a saúde estão enraizadas no pensamento, algo que em breve irei explorar em mais detalhe quando ler Louise Hay, conhecida por defender uma mudança de pensamentos para nos conseguirmos livrar de doenças que atingem o nosso corpo.  

Gostei bastante e só tenho pena de não me ter cruzado com este livro aos dezoito anos... Assim como aconteceu com o de Bach! Tinha feito a diferença na minha vida certamente.


https://www.goodreads.com/review/show/4859350191

domingo, 17 de julho de 2022

"Die Malerin des Nordlichts" de Lena Johannson



"Die Malerin des Nordlichts" de Lena Johannson
ATB, 2019
435 páginas


"Die Malerien des Nordlichts" ["A Pintora da Luz do Norte"] de Lena Johannson conta-nos de forma romanceada a vida de Signe Munch Siebke, sobrinha do pintor norueguês, Edvard Munch, mais conhecido pelo quadro "O Grito" (https://pt.wikipedia.org/wiki/Edvard_Munch#/media/Ficheiro:The_Scream.jpg).

Filha de Peter Andreas Ragnvald Munch, primo do pintor, e Anna Dahl, escritora, que nunca gostaram um do outro, Signe teve aos 10 anos de idade os pais separados e, por isso, cedo aprendeu a viver com saudades da mãe. Casou com o primeiro marido, como resultado de uma escolha feita pelo pai, mas acabou por ser infeliz... até porque a sua paixão pela pintura é desincentivada e incompreendida. 

Mais tarde, já separada do primeiro marido e completamente dedicada à pintura, conheceu Einar Siebke, professor de música, e com ele se casou. Einar sempre a incentivou a pintar e, por isso, quando a oposição deste ao Nacional-Socialismo lhe roubou a vida, Signe não conseguiu vencer nem suportar a tristeza do seu desaparecimento... A pintura sempre foi a sua paixão, mas Einar também o era! 

O livro é bonito, mas admito que até Einar entrar na narrativa tive momentos de quase completo tédio e vontade de abandonar a leitura. A vida de Signe era triste e infeliz e monótona, sem cor, o que mudou apenas com Einar... Totalmente. Aliás, foi só a partir do desenvolvimento da relação entre os dois que consegui ler sem grandes paragens e entusiasmar-me a sério. Antes disso, esforcei-me para continuar. Capítulos demasiado extensos e demasiado ênfase nas aulas de pintura que Signe recebeu logo após se ter separado... estavam a tornar a leitura algo entendiante, admito. 

No geral, gostei. Porém, "Die Malerin des Nordlichts" não ficará de todo entre os meus livros preferidos desta colecção.

https://www.goodreads.com/review/show/4641383771

segunda-feira, 11 de julho de 2022

"Der Waldgang" de Ernst Jünger


"Der Waldgang" de Ernst Jünger
Klett-Cotta, 2018
101 Páginas


De leitura complexa, mas não menos interessante, Ernst Jünger continua a ser dos meus escritores alemães preferidos.

"Der Waldgang" trata-se de um ensaio publicado em 1951 e, entre as várias ideias apresentadas, foca-se na do "Waldgänger", aquele que dotado de força própria (sem ser um anarquista) retira-se para a floresta, onde encontra a liberdade no conteúdo e na forma, "aqui e agora". Porque o Waldgänger é de acções livres e independentes (e, portanto, também nada tem a ver com um soldado da guerra), é uma espécie de "rebelde da floresta", que olha, analisa e julga por si próprio. Sem se preocupar com o que o inimigo pensa dele, até porque ele está habituado à solidão... 

A floresta é, pois, entendida como um lugar secreto, um santuário, um lugar de paz. Talvez até um lugar de resistência e de verdadeira força depois de feita a "passagem através da morte".

E a verdade é que não basta ler uma única vez este livro. Há que lê-lo várias vezes até se compreender devidamente a mensagem de Jünger e se perceber quem é o Waldgänger e qual a sua importância nos nossos dias (e no pós Segunda Guerra Mundial, anos cinquenta, quando é publicado pela primeira vez). 

https://www.goodreads.com/review/show/4825318457