sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

The Assertiveness Guide for Women, de Julie de Azevedo Hanks

"The Assertiveness Guide for Women" de Julie de Azevedo Hanks
New Harbinger Publications, 2016
224 Páginas


"The Assertiveness Guide for Women" é, ao contrário do que o título possa sugerir, uma obra indicada para mulheres, mas também para homens. 

Ao contrário da perspectiva defendida em certa medida pela autora, a eventual dificuldade em ser assertivo não é algo que resulte do género. Comunicar necessidades, gerir emoções, melhorar relações e criar fronteiras parece-me que pode ser complexo para mulheres e homens, dependendo de outros factores. 

Uma das coisas mais interessantes que aprendi neste livro, ainda que lhe reconheça limitações e lhe possa fazer críticas, relaciona-se com a teoria do apego (e o modo como esta se espelha na forma como nos relacionamos com os outros) que, de um modo geral, divide os adultos em três estilos: o ansioso, o evitador e o seguro. Este é um tema sobre o qual pretendo ler mais posteriormente pela utilidade que pode ter.

Partindo da teoria do apego, que serve de base a toda a argumentação do livro, a autora desenvolve seguidamente aquelas que entende serem as cinco ferramentas da assertividade. 

Por fim, outro ponto igualmente digno de nota relaciona-se com o papel central que a autora atribui à identificação e gestação de emoções. Extremamente útil, diria. Fiquei, por exemplo, a saber que são seis as emoções básicas: felicidade, raiva, tristeza, medo, surpresa e nojo. 

De um modo geral, gostei do que li, embora considere que, em alguns momentos, a autora poderia ser mais objectiva e neutra. 

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Intimidade, de OSHO


"Intimidade" de OSHO
11 x 17, 2014
208 Páginas 


Este é o quarto livro que leio de Osho e continuo a gostar bastante do estilo. Muito provavelmente acabarei por ler tudo o que há publicado. 

A "Intimidade" deve ter sido o livro que li mais depressa (dos quatro) e talvez aquele (dos quatro) em relação ao qual senti uma maior familariedade/identificação com as ideias defendidas, até porque em algum momento as tinha colocado como hipóteses e/ou tinha chegado às mesmas conclusões. 

Algumas ideias que considerei mais interessantes foram, por exemplo, a importância do silêncio enquanto linguagem do coração, a centralidade da insegurança e imprevisibilidade num relacionamento (até porque a vida também é incerta e insegura, "protecção é morte" (p.87) e só a morte é certa), a necessidade de vivermos aqui e agora e sermos nós próprios sem medo de vivermos a nossa vida de acordo com o nosso próprio coração (para parafrasear o autor). 

É um livro espiritual/filosófico, daqueles que nos deixam a pensar simultaneamente sobre intimidade e um conjunto de outros temas que com esta acabam por estar relacionados, ainda que de forma indirecta. 

Tal como já disse anteriormente, e torno a repetir, os livros de Osho destinam-se a agitar ideias, a questionar certezas instaladas e a encontrar respostas diferentes (que escapam à norma e à corrente) para dúvidas que nos surgem a dado momento na nossa vida. Põe-nos a pensar, a questionar, a querer arriscar no incerto/inseguro/imprevisivel. E isso é algo que eu adoro nos seus livros e no seu estilo.

https://www.goodreads.com/review/show/3074626612