segunda-feira, 17 de abril de 2017

A Rainha Santa, de Isabel Machado


"A Rainha Santa" de Isabel Machado
A Esfera dos Livros, 2016
411 Páginas



"A Rainha Santa" é mais um daqueles livros que, a dada altura, tive pressa de acabar, e quando acabei senti-me como que "desamparada", "vazia", "abandonada" pela personagem e/ou personagens. Neste caso, fiquei "refém" de Isabel de Aragão, casada com o rei D. Dinis, o Lavrador. 

Fascinou-me o modo como a autora demonstra uma rainha de coração puro e objectivos maiores, sem olhar às reprimendas do rei e ao facto de estar a gastar "dos seus rendimentos" para ajudar os mais desfavorecidos. Fascinou-me também o facto de ser tão culta e interessada na política de Portugal (e Aragão, mas também Castela), procurando acima de tudo preservar e incentivar à preservação da paz. E, claro, como não poderia deixar de ser, fascinou-me a sua superioridade e grandeza no modo como lidou (e acolheu) com a existência de filhos bastardos do rei. 

O romance histórico é um dos meus estilos literários preferidos (senão for mesmo aquele de que gosto mais) e, neste segundo livro que leio da autora, não fiquei em nada desiludida. Conquistou-me uma vez mais com a forma como deu voz a esta mulher e como contou a sua bonita histórica. A rainha Isabel está-me no imaginário desde que na primária ouvi falar da famosa lenda das rosas (não sei se terá outro nome), a propósito de uma ocasião em que a rainha ia levar pão aos pobres e o rei a questionou sobre o que aí levava e ela respondeu que eram rosas, sendo que quando lhe mostrou eram rosas; o pão tinha-se transformado, por milagre, em rosas. Foi muito bom recuperar essa lenda e aprofundar a história e vida desta rainha!

https://www.goodreads.com/review/show/1967871444

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