quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O Adeus às Armas, de Ernest Hemingway




"O Adeus às Armas" de Ernest Hemingway
Editora Livros do Brasil, 2011
312 Páginas


"O Adeus às Armas" é uma obra que se pode considerar autobiográfica, na medida que se baseia na experiência de Ernest Hemingway durante a Primeira Guerra Mundial enquanto condutor de ambulâncias, à semelhança do que se verifica com a personagem principal, Frederic Henry. Do mesmo modo, Catherine, a enfermeira que terá uma relação amorosa com Frederic, é inspirada em Agnes von Kurowsky, uma paixão que o autor teve durante a sua permanência em Itália. E é nesta relação e na sua relação com a Grande Guerra que se desenvolve toda a história. 

Apesar de Ernest Hemingway ter recebido o Prémio Nobel da Literatura em 1954, reconheço que só ganhei coragem para pegar neste livro à terceira vez. Não que já o tivesse começado a ler antes, mas porque de todas as vezes que olhava para ele achava que ainda não tinha chegado a sua hora... E o problema residia não na sinopse, que sempre me atraiu, mas na memória que tinha da leitura de "Paris é uma festa"... Que gostei... Com reservas!

A verdade é que a história cativou-me quando a comecei a ler com maior velocidade. Ainda não percebi se sou uma fã da escrita de Hemingway, mas o argumento interessou-me. Grande Guerra, fuga para a Liberdade e, portanto, fuga à Guerra, o Amor e a influência da Guerra neste... E a sua leitura revelou-se uma excelente companhia (e terapia) nestes dias. Tive realmente gosto em ler, ler e ler mais e mais páginas e perceber qual o desfecho daquela relação que se tinha construido na Guerra e por causa dela...!

Para quem também gostar de cinema, aproveito para acrescentar que existe um filme de 1996, de Henry Villard e James Nagel, contando com Chris O'Donnell e Sandra Bullock nos principais papeis, criado a partir da obra e chamado "In Love and War". O trailer pode ser visto aqui:https://www.youtube.com/watch?v=DVEUG...

*
- Eu entendo que temos de levar a guerra até ao fim - disse eu. - Não acabaria pelo facto de um dos lados deixar de combater. Se deixássemos de combater ainda era pior. 
- Pior não podia ser - disse Passini respeitosamente - Não há nada pior que a guerra.
- A derrota é pior. (...)"[p.52]


https://www.goodreads.com/review/show/1759510847?book_show_action=false&from_review_page=1

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