terça-feira, 4 de junho de 2019

Chá e Amor, de Yasunari Kawabata



"Chá e Amor" de Yasunari Kawabata. 
Nova Vega, 2017
142 Páginas

Bonito, mas melancólico. Num certo sentido, frustrante e não falo na forma como está escrito, falo mesmo na história e no modo como as personagens se posicionam em relação ao amor. Creio ter sido esta a grande ideia que me ficou de "Chá e amor", já lido há uns dias. 

A solidão. É isso, a solidão. O deitar tudo a perder (se é que havia algo a perder) e ficar agarrado a uma ideia de perfeição inexistente ou a um amor passado tentado projectar noutra pessoa, procurando repeti-lo/encontrá-lo exactamente como era ou se achava que era sem sucesso... O amor que se tem nas mãos, sem se valorizar, e se perde para sempre, passando depois de perdido a fazer sentido e a fazer falta... 

Foi isto que eu não gostei, embora tenha gostado do livro, por exemplo, da forma sugestiva, mas delicada e elegante, como o autor aborda a atracção e a relação carnal e o chá como uma "importante cerimónia" na cultura japonesa.

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