terça-feira, 5 de novembro de 2019

A Papoila e o Monge, de José Tolentino Mendonça

"A Papoila e o Monge" de José Tolentino Mendonça
Assírio & Alvim, 2015
173 Páginas



Cruzei-me com "A Papoila e o Monge" por acaso num dia em que procurava qualquer coisa de especial para ler na Bertrand do Chiado numa tarde quente de Agosto. Não foi o autor (que para mim era apenas um nome conhecido) nem o grafismo que me seduziram, mas sim o título e o facto deste ser um livro de haikus, uma forma de poesia criada no Japão por Matsuo Basho (https://www.goodreads.com/review/show/2378531470). A papoila está entre as flores que gosto (é selvagem, corajosa porque nasce onde menos se espera e sem avisar, é de um vermelho vivo que já mais nos deixa a memória) e o monge remete-me para o espiritual (e não necessariamente para o religioso). 

É um livro muito bonito, de composição refinada, muito focado no papel e no significado do silêncio, mas também na natureza, na cidade, nas estações do ano. Por outro lado, e como não poderia deixar de ser (até porque José Tolentino Mendonça é cardeal), alguns haikus (não muitos) tocam no assunto Deus e talvez por não ser propriamente religiosa (mas sim espiritual) foram aqueles que menos apreciei, apesar de lhes conseguir reconhecer alguma beleza. 

https://www.goodreads.com/review/show/3014395631?book_show_action=false

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