De leitura complexa, mas não menos interessante, Ernst Jünger continua a ser dos meus escritores alemães preferidos.
"Der Waldgang" trata-se de um ensaio publicado em 1951 e, entre as várias ideias apresentadas, foca-se na do "Waldgänger", aquele que dotado de força própria (sem ser um anarquista) retira-se para a floresta, onde encontra a liberdade no conteúdo e na forma, "aqui e agora". Porque o Waldgänger é de acções livres e independentes (e, portanto, também nada tem a ver com um soldado da guerra), é uma espécie de "rebelde da floresta", que olha, analisa e julga por si próprio. Sem se preocupar com o que o inimigo pensa dele, até porque ele está habituado à solidão...
A floresta é, pois, entendida como um lugar secreto, um santuário, um lugar de paz. Talvez até um lugar de resistência e de verdadeira força depois de feita a "passagem através da morte".
E a verdade é que não basta ler uma única vez este livro. Há que lê-lo várias vezes até se compreender devidamente a mensagem de Jünger e se perceber quem é o Waldgänger e qual a sua importância nos nossos dias (e no pós Segunda Guerra Mundial, anos cinquenta, quando é publicado pela primeira vez).
https://www.goodreads.com/review/show/4825318457
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