"Frida Kahlo und die Farben des Lebens" de Caroline Bernard conta, de forma romanceada, a vida da pintora mexicana Frida Kahlo, de quem eu sou grande admiradora desde há vários anos, quando numa aula de psicologia do ensino secundário nos foi dado a ver o filme "Frida" com Salma Hayek como protagonista. E essa admiração nada tem a ver com as suas convicções políticas nem com o feminismo.
A minha admiração profunda por Frida tem a ver com a forma heróica com que fez frente ao sofrimento e à dor, sem nunca desistir de viver, sem nunca desistir de pintar e dar cores intensas, vivas e garridas à vida até ao fim dos seus dias.
E, de facto, Caroline Bernard apresenta-nos nesta sua obra um retrato, a meu ver, perfeito de Frida, desde o momento que esta teve aquele doloroso e inimaginável acidente quando o autocarro em que seguia chocou contra um eléctrico, condicionando a sua vida para sempre. A descoberta da pintura como fuga e "remédio" para a dor, uma alternativa ao sonho de estudar medicina que deixou para trás, os abortos tantas vezes retrados de forma surrealista, as traições do pintor Diego Riviera que sempre a amou e nunca a impediram de o amar loucamente também sempre e para sempre. A força, garra e determinação para remar contra a maré e tentar encontrar alguma felicidade na autêntica revolução que faz à vida e, sobretudo, ao sofrimento físico de um corpo permanentemente doente. Tudo isto está presente e bem marcado em "Frida Kahlo und die Farben des Lebens" que é, sem sombra para dúvidas, um livro belíssimo sobre a pintora!
Adorei.
https://www.goodreads.com/review/show/3528239802
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