Mata Hari significa "olho do dia", simbolizando o Sol. E é sobre esta fascinante e enigmática mulher que Eva-Maria Bast escreve outro excelente e memorável livro.
Deixando para trás um casamento infeliz com o marido militar, um filho morto (porque envenenado pela ama) e uma filha que não consegue trazer consigo, Mata sai de Java (era, contudo, holandesa) e chega a Paris sem nada.
É a sua beleza, algo exótica, os conhecimentos de dança javanesa e todo o "boneco" misto de erotismo e elegância (que constrói) que a fazem ganhar sucesso junto da alta sociedade.
Amante de um sem número de homens de poder, na sua maioria casados, vibra com o poder que a sua dança exerce neles. E, desta forma, consegue viver a sua vida, sem conseguir, porém, recuperar a sua filha - facto que a entristecerá para sempre.
Termina na espionagem, por dinheiro acima de tudo . para sobreviver depois de ter ficado sem nada - e depois também por amor ou um "erro carnal"?!. Em 1917, é condenada à morte por fuzilamento na sequência da acusação de espionagem contra a França.
Completamente fora dos padrões da época, vivendo uma vida de disputa constante entre a luz e a sombra, Mata Hari é, de facto, uma figura muito interessante. Adorei conhecê-la através da brilhante escrita romanceada de Bast!
https://www.goodreads.com/review/show/5643025285
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