"O Sabor do Perigo" de Peter Elbling
Editorial Presença, 2010
284 Páginas
Simpatizei com este livro desde o primeiro instante, mas durante vários anos deixei-o ficar na estante à espera de sentir que tinha chegado o momento de o ler, então.
E chegou. Chegou quando a ler "O Segredo de Copérnico" recentemente me deparei com a morte de alguém por veneno e com a figura do provador de comida, bem como todo o ambiente de intriga vivido no espaço italiano do século XVI. Pensei: Tenho de ler já de seguida aquele romance do provador. Assim foi.
Creio que a história tem um bom argumento. É particularmente interessante o modo como a figura do provador de comida se reveste de tanta importância na vida do duque e requer ao mesmo tempo tanta inteligência e astúcia para sobreviver ao "maravilhoso mundo" do veneno, da inveja e das rivalidades. A par disso, o amor de um pai (presente como pai e como mãe) pela filha, sempre preocupado com a segurança e o bem-estar da mesma, sendo mesmo capaz de sacrificar, se necessário, a sua vida revelou-se outro "ingrediente" digno de nota em "O Sabor do Perigo".
Uma chamada de atenção apenas para o facto deste livro ter muito pouco ou mesmo nada a ver com "O Perfume" de Patrick Süskind, ao contrário do que uma das frases da contra-capa poderá sugerir. São livros muito diferentes. Para além do papel principal caber aqui ao sabor (e não o cheiro), esta não é a história de um assassino. É antes uma história de alguém que correndo sempre perigo tenta a todo o custo proteger três vidas: a sua, a da filha e a do duque para quem trabalha.
Gostei muito!
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