"Cartas a um Jovem Poeta" de Rainer Maria Rilke
Antígona, 2016
154 Páginas
Li "Cartas a um Jovem Poeta" de Rainer Maria Rilke rápido, é certo, mas é dificil ler mais devagar quando se está a gostar muito do que se está a ler e quando nos identificamos (!!!) com muitas das ideias que Rilke defende nas cartas que redige de resposta a Kappus.
É profundo. É especial. É filosófico quanto ao modo como podemos viver a vida e a própria arte. E quando lemos este livro, diria que é fácil colocarmo-nos na posição de Kappus e ler os conselhos de Rilke como se fossem para nós leitores. A resposta às nossas dúvidas está em nós próprios, a solução para os nossos problemas deve ser procurada dentro de nós (e não no exterior), o artista é um criador que "tem de ser por si próprio um mundo", ...
Rilke tece também algumas considerações interessantes acerca do amor, da doença (como libertação) e da solidão, nas quais vale a pena nos demorarmos porque resultam de um entendimento superior daquela que é (ou deveria ser ?) a existência humana.
E fá-lo com humildade e amizade, sem qualquer espécie de arrogância ou prepotência. Pede-nos (ou melhor, pede a Kappus) que deixemos a vida acontecer, sem procurar demasiado...
Vale a pena!
Sem comentários:
Enviar um comentário