Em "Fahrenheit 451" queimam-se livros para não pensar, para não questionar. Vive-se do instante, da superficialidade, da televisão manipuladora. Livre-se de quem seja apanhado a ler... Ler é coisa do demo e está proibido.
O fogo destrói "a responsabilidade e a consequência. Se um problema se nos torna demasiado complicado, fogo com ele" (p.153). Os bombeiros aqui... não apagam fogos, queimam livros e eventualmente casas se necessário.
Até um dia em que Montag - um bombeiro queimador de livros - se começa a questionar... E aí sim, temos livro... Um grande livro sobre a destruição de livros que nos faz pensar no poder dos livros e em como a nossa sociedade se está a auto-destruir grandemente... quando se concentra mais no prazer imediato e instantâneo, quando se reescrevem clássicos porque ofendem este e aquele direito desvirtuando completamente o sentido, o contexto e o argumento das obras, quando se proibem certos livros porque são considerados extremistas (e refiro-me a autores como Tolkien, Huxley, Orwell, Shakespeare, Kipling...)?!
Ray Bradbury brinda-nos, pois, com uma grande obra... Daquelas que não envelhecem e que são autênticos gritos no meio da da corredoria dos dias e do imediatismo superficial. A ler!
https://www.goodreads.com/review/show/5328211557
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