"Eu, Malala" de Malala Yousafzai e Christina Lamb
Editorial Presença, 2015
351 Páginas
"Eu, Malala. A minha luta pela liberdade e pelo direito à educação" conta na primeira pessoa a história de Malala (e da sua familia), a jovem paquistanesa que venceu o Prémio Nobel da Paz em 2014 ao defender o direito de todos (mulheres incluídas) à educação. Ter acesso à educação é ter acesso à liberdade.
Malala não se opõe ao Islamismo, mas sim à falsa interpretação que é feita do Alcorão e da sua religião, em particular pelos Talibãs (embora não só). Gosta do seu país (ainda que seja muito crítica quanto aos seus governantes), o Paquistão, contando-nos vários aspectos da sua História e Cultura e dos pastós
O episódio em que é alvejada pelos Talibãs, quando regressava da escola, e tudo o que sucedeu seguidamente é também abordado na obra de Malala que aspira a ser política, uma nova Benazir Bhutto...
Gostei da obra. Pude rever e revisitar alguns aspectos da História do Paquistão que já conhecia e aprender outros. Fiquei a conhecer Malala um pouco melhor, que tem efectivamente uma história muito interessante, (muito) influenciada e apoiada pelo pai. Continuo, contudo, a repudiar o tratamento e a forma como as mulheres são tratadas e encaradas em países como o Paquistão. Para mim, é humanamente incompreensível o "desprezo" que lhes é conferido, a dependência em relação a uma figura masculina (sempre), entre outras coisas...
Se recomendo a sua leitura? Sim, claro. É fundamental conhecer outras realidades, mesmo que nem sempre concordemos com elas.
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"- Peguemos nos nossos livros e nas nossas canetas. São as nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo." (p.333)
https://www.goodreads.com/review/show/1708582001?book_show_action=false
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