"O Prisioneiro do Céu" de Carlos Ruiz Zafón
Planeta, 2016
377 Páginas
Daniel Sempere e o seu amigo Fermín regressam à história num livro que, por isso mesmo, mistura elementos de "A Sombra do Vento" com o "O Jogo do Anjo", sendo que no caso deste último refiro-me em particular à personagem de David Martin. Como gostei de os rever!
Quase todo o livro é um regresso ao passado, desconhecido e um tanto ao quanto escuro, de Fermín. É uma recuperação da sua história, da sua relação com as outras personagens da colecção de "O Cemitério dos Livros Esquecidos" e até curiosos aspectos da ligação/amizade de Fermín com Daniel Sempere.
A mãe de Daniel, Isabella, volta, sem que estejamos à espera, a ser uma figura relevante na história, sendo que o seu desfecho, apesar de aparentemente fechado, se percebe ainda desconhecido e por descobrir.
Comparativamente aos dois outros livros estamos na presença de uma narrativa mais simples e ligeiramente menos elaborada, com menos frases dignas de nota (que eu tenha notado) porque o autor simplesmente não as utiliza tanto aqui.
Zafón está mesmo é focado na história de Fermín e não quer distrair o seu leitor. É, contudo, de notar que estes três livros podem ser livros por outra ordem, como é referido no início do presente volume.
Sem querer ser tendenciosa, e do que sei até ao momento, sinto que a leitura deverá começar por "A Sombra do Vento" ou por "O Jogo do Anjo", sendo que "A Sombra do Vento" consegue cativar o leitor e nele entranhar-se de forma positivamente mais intensa do que "O Jogo do Anjo".
Agora, o próximo passo é ler "O Labirinto dos Espiritos" e ver como termina esta odisseia toda. E eu já comecei a ler!
https://www.goodreads.com/review/show/1937367643
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